Contratos de concessão do direito real de uso: invista em imóveis públicos e explore atividades econômicas
Você já se perguntou se é possível utilizar espaços públicos como terrenos ou imóveis ociosos para desenvolver atividades empresariais? Ou já se perguntou se as cidades podem promover o desenvolvimento econômico sem onerar os cofres públicos? A resposta pode estar na Concessão do Direito Real de Uso (CDRU).
LICITAÇÃOCONTRATOS
7/11/20242 min read
Concessão do Direito Real de Uso é um instrumento jurídico que permite que a administração pública utilize seus bens imóveis de forma estratégica, fomentando a atividade econômica e beneficiando toda a comunidade através de processos de licitação, que garantem transparência e igualdade na disputa.
Licitação: transparência e igualdade
A seleção de empresas ou indivíduos para a concessão do direito real de uso é realizada através de um processo de licitação. Este procedimento, regido pela Lei nº 14.133/21 e pelas leis orgânicas que protegem os bens imobiliários de interesse público, asseguram:
Justiça: Todos os interessados têm igualdade de condições para participar.
Transparência: Os critérios de seleção são claros e públicos.
Vantajosidade: Busca-se a proposta mais vantajosa para o interesse público.
💡 Importante: O critério de julgamento mais comum nestes casos é o maior lance, e os participantes devem estar em situação regular perante o fisco.
Benefícios Econômicos: Uma relação ganha-ganha
Os contratos de concessões trazem vantagens significativas tanto para o município quanto para o setor privado:
Otimização de Espaços Públicos: Áreas sem destinação específica ganham função social e econômica.
Investimento Privado em Infraestrutura Pública: Empresas realizam melhorias nos espaços concedidos.
Revitalização Urbana: Áreas degradadas podem ser transformadas em polos de atividade econômica.
Aumento da Arrecadação Municipal: Novas atividades econômicas geram mais impostos e taxas.
Melhoria na Qualidade dos Serviços: A concorrência estimula a oferta de serviços de melhor qualidade aos cidadãos.
Aspectos Jurídicos: Entendendo o Contrato de Concessão
A CDRU não implica na venda do imóvel público. Trata-se de um contrato de concessão, por prazo determinado, que autoriza um particular a explorar economicamente um bem público. Entre as principais características:
Temporário: O contrato tem prazo definido.
Oneroso ou gratuito: O concessionário pode pagar pela utilização do espaço, a depender das regras definidas em edital.
Finalidade Específica: A utilização deve atender ao interesse público e econômico
Conclusão
Como visto, os contratos de Concessão do Direito Real de Uso possibilitam uma aliança positiva para o interesse público entre administração direta e investimentos privados. Nessa relação, é um jogo de ganha-ganha: ganha o cidadão com novos serviços e pontos comerciais, ganha o investidor privado (empreendedor) em desenvolver suas atividades e auferir lucro, ganha a administração pública em transferir os ônus da gestão e manutenção imobiliária ao particular.